As coletivas de imprensa do Cine PE são importantes oportunidades de troca de experiências, explicações e curiosidades. A roda de conversas da manhã deste sábado (3) foi um momento bastante político. Em foco, o longa-metragem “Espero tua (re)volta!”, de Eliza Capai. Não poderia ser diferente: a produção da cineasta acompanha as lutas estudantis em busca de um ensino público de qualidade e de uma cidade mais inclusiva, e deságua na eleição do presidente Jair Bolsonaro, em 2018. “Eu vejo muito no teu filme essa coisa da euforia dos corpos em revolta, que tem a pretensão de despertar o mesmo em nós, expectadores”, comentou Luís Carlos Merten, jornalista do Estadão, durante o debate. O crítico ainda expressou que tem visto uma conexão muito forte na programação do Cine PE. “Acho que vem acontecendo um diálogo entre o que estamos assistindo, as apresentações das equipes no palco do Cinema São Luiz, e os debates que viemos construindo aqui, sempre com um forte viés político”. De acordo com Capai, para a produção do longa, que tem uma hora e trinta minutos, ela obteve entre 250 e 200 horas de material.

Durante a manhã, também foram discutidos aspectos técnicos e curiosidades dos curtas-metragens exibidos na noite da última sexta-feira (2). Estiveram presentes os representantes do pernambucano “Epígramas”, de Wayner Tristão; “S/N (Sem número), de Renata Malta; “3x Melhor”, de Andriolli Araújo; “Tommy Brilho”, de Sávio Fernandes; “O Mistério da Carne”, de Rafaela Camelo; “Lembra”, de Leonardo Martinelli – diretor que, inclusive, esteve presente no festival no ano passado com o premiado falso documentário “Vidas Cinzas”; “A Margem do Universo”, de Tiago Esmeraldo; e “Vivi Lobo e o Quarto Mágico”, de Isabelle Santos e Edu MZ Camargo.

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