Primeira noite de exibição do Cine PE é marcada pelo debate sobre resistência cultural e política

Primeira noite de exibição do Cine PE é marcada pelo debate sobre resistência cultural e política

Em 1997, uma desistência de última hora por parte de uma sala de exibição pôs em risco a execução de um evento que, anos mais tarde, se tornaria um dos maiores festivais de cinema do Brasil. Na época, o casal de economistas e cinéfilos Alfredo e Sandra Bertini, idealizadores do Cine PE, não entregou os pontos: decididos a levar seu festival ao público a todo custo, transformaram o Teatro Guararapes, em Olinda, em uma das maiores salas de projeção do país.

Recontada pela apresentadora Nínive Caldas na abertura da 25ª edição do Cine PE, na noite desta terça-feira (23), essa é apenas uma das histórias de persistência dos realizadores do festival. O resultado são mais de mil filmes exibidos ao longo de duas décadas e meia, tornando o Cine PE uma importante vitrine da produção audiovisual brasileira.

Neste ano, o discurso de abertura e a programação do Festival dialogaram sobre a importância de ocupar espaços. Com o documentário “Muribeca”, de Alcione Ferreira e Camilo Soares, sendo exibido no telão de um dos mais importantes cinemas de rua do Recife, o Teatro do Parque, o Cine PE trouxe ao público o debate sobre a importância do afeto e de manter-se presente e resistente.

“Precisamos falar sobre os processos políticos dentro das periferias, o quanto elas são negligenciadas, e o quanto esses processos acontecem de forma brutal e rápida, sem que as pessoas sequer fiquem sabendo. Ver um filme como ‘Muribeca’ atingir um festival como esse faz com que a gente demarque ali um lugar político”, disse Alcione Ferreira, uma das diretoras de “Muribeca”.

Firme em sua realização, pela primeira vez o festival dividiu suas mostras em turnos, sendo os curtas-metragens pernambucanos e nacionais exibidos durante a tarde e os longas durante a noite. Em seu dia de estreia, o festival exibiu os curtas “Entremarés”, “Terceiro Andar”, “Vizinhança”, “À Beira do Gatilho”, “Angustura”, “A Conta-Gotas”, “Retina”, “Nada de Bom Acontece Depois dos 30”, “O Resto” e “Aurora – A Rua Que Queria Ser Rio”. O fim da noite ficou a cargo do longa-metragem de ficção “Receba!”, de Pedro Perazzo e Rodrigo Luna.

Diretor da narrativa policial baiana “Receba!”, Pedro Perazzo comentou sobre a alegria de estar novamente em contato com o público, apresentando seu filme pela primeira vez no Recife. “É uma emoção boa estar de volta a uma sala de cinema com plateia. Essa é a primeira vez, desde o início da pandemia, que eu entro em uma sala de projeção.

25ª edição do Cine PE começa nesta terça (23) com exibição de 10 curtas e dois longas-metragens

A 25ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual começa nesta terça-feira (23), no Teatro do Parque. Uma das maiores vitrines da produção audiovisual brasileira, neste ano, o evento retorna ao modelo presencial. Para Sandra Bertini, diretora do festival, é uma alegria sentir novamente o calor do público, que está de volta após um ano atípico em que o evento aconteceu em formato online. “Estamos completando 25 anos de festival. Para um realizador cultural, nada é mais gratificante do que ver o público prestigiando um evento que foi sonhado e projetado por muitas mentes. As palmas, os risos, as conversas e a troca de informações que o Cine PE nos proporciona foi o que mais deixou saudade do ano passado”, comentou Sandra. 

Ingressos gratuitos 

Por mais um ano, a entrada para todas as sessões será gratuita. Em comum acordo com a Prefeitura do Recife, gestora do Teatro do Parque, Sandra Bertini optou mais uma vez pela gratuidade, por exprimir “uma sintonia com o momento de adversidade vivenciado por todos”. Durante o festival, a bilheteria do cinema estará aberta para retirada dos ingressos, diariamente. A distribuição das entradas estará sujeita à lotação da sala. Todos os dias serão distribuídos 400 ingressos.

Cuidados 

Ao longo do festival, o Teatro do Parque funcionará com a capacidade de lotação reduzida para evitar aglomerações. O uso de máscara e álcool gel é obrigatório em todas as áreas comuns do equipamento público. 

Legendas para surdos e ensurdecidos

Assim como nos anos anteriores, o CINE PE contará com legendagem eletrônica para atender ao público com deficiência auditiva.

Abertura 

Hoje, dia de abertura do festival, serão exibidos dez curtas-metragens durante a tarde. São eles: “Entremarés”, “Terceiro Andar”, “Vizinhança”, “À Beira do Gatilho”, “Angustura”, “A Conta-Gotas”, “Retina”, “Nada Acontece Depois dos 30”, “O Resto” e “Aurora – A Rua que Queria ser um Rio”. Durante a noite, o festival exibe o documentário “Muribeca” e o longa-metragem de ficção “Receba!”. 

Pandemia dificultou a acessibilidade de filmes que serão exibidos no CINE PE

Sempre atento à importância de tornar a cultura acessível, o CINE PE, que chega este ano à sua 25ª edição, contará mais uma vez com legendagem eletrônica para atender ao público com deficiência auditiva. O evento, que acontece de 23 a 26 de novembro no Teatro do Parque, exibirá 17 dos 38 filmes das Mostras Competitivas com legendas.

Sandra Bertini, idealizadora do festival, comenta a importância cada vez maior de promover a pluralidade e o acesso ao conteúdo audiovisual. “Estamos em um momento de retomada, depois de meses sem cinemas, sem teatro, sem shows. Embora tenhamos os streamings e uma quantidade enorme de conteúdo online, a TV aberta continua sendo mais acessível para a população. Durante todo esse tempo de pandemia, muitas pessoas com deficiência tiveram dificuldades para consumir filmes, séries, telenovelas e programas de TV”, comentou Sandra.

Para a organizadora do CINE PE, o closed caption ainda é uma barreira para o entendimento dos surdos. “A função que deveria facilitar o entendimento das pessoas com deficiência auditiva é rápida demais, as frases aparecem desformatadas na tela e os parágrafos são exibidos de uma única vez. É uma tentativa de alcançar a inclusão, mas está longe de ser um dispositivo 100% inclusivo”, pontuou.

Sandra ainda falou sobre os impasses enfrentados na hora de fechar uma programação com legendagem para surdos e ensurdecidos em todos os filmes. “Nós tivemos dificuldades esse ano para trazer uma programação inclusiva. Não temos uma universalidade de filmes com a legendagem solicitada pelo Regulamento do Festival, porque a dificuldade financeira trazida pela pandemia travou a possibilidade de vários realizadores atenderem a essa demanda”, comentou.

Para se entender a necessidade de tornar a arte mais acessível, o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicou que 9,7 milhões de pessoas, ou 5,1% da população do país, apresentam alguma deficiência auditiva; entre elas, 344 mil são surdas e 1,7 milhões têm grande dificuldade para ouvir. As legendas para surdos e ensurdecidos permitem que cada vez mais gente possa consumir as produções nacionais.

“RECIFE ASSOMBRADO” SERÁ EXIBIDO GRATUITAMENTE NO CINE PE

“RECIFE ASSOMBRADO” SERÁ EXIBIDO GRATUITAMENTE NO CINE PE

Inspirado na tradição local das narrativas de horror, o longa de ficção pernambucano “Recife Assombrado” será exibido dentro da programação do 25º Cine PE. O filme de Adriano Portela terá sessão no Teatro do Parque, às 14h do dia 26 de novembro.

Realizado pela produtora pernambucana Viu Cine, “Recife Assombrado” acompanha a história de Hermano (Daniel Rocha), que retorna para o Recife após 20 anos para investigar o desaparecimento de seu irmão. Durante essa busca, ele se depara com assombrações famosas do imaginário recifense. 

Com roteiro assinado por Ulisses Brandão, o filme ainda conta com os nomes de Marcio Fecher, Raísa Batista, Rayza Alcântara e Germano Haiut no elenco. Como nos demais dias do Cine PE, o acesso à sessão será gratuito e aberto ao público mediante lotação.

25° CINE PE ANUNCIA SELECIONADOS PARA AS MOSTRAS COMPETITIVAS E RETOMADA AO FORMATO PRESENCIAL

25° CINE PE ANUNCIA SELECIONADOS PARA AS MOSTRAS COMPETITIVAS E RETOMADA AO FORMATO PRESENCIAL

Festival Audiovisual exibirá 6 longas e 32 curtas, entre os dias 23 e 26 de novembro, na tela do centenário Teatro do Parque. O evento terá acesso gratuito 

Após uma edição sem público devido à pandemia de Covid-19, o CINE PE volta com programação 100% presencial em 2021. Entre os dias 23 e 26 de novembro, o Festival Audiovisual aporta em local inédito: o centenário Teatro do Parque, primeiro teatro equipado para receber filmes sonoros no Nordeste, inaugurado recentemente após 10 anos de reforma. Além do novo local, outra novidade é o horário do festival, com exibições em dois momentos. A partir das 14h ocupam a telona os competidores das mostras de curtas-metragens; às 19h será a vez dos longas-metragens.

Mesmo em um ano tão difícil, especialmente para o setor audiovisual, 678 realizadores inscreveram suas produções para as mostras competitivas do CINE PE 2021. O estado que mais enviou inscritos foi São Paulo, com 184 filmes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 138, e de Pernambuco, com 73. Deste montante, seis longas de ficção e documentário estarão juntos na Mostra Competitiva de Longas-Metragens, nove títulos na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos e vinte e três na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais.

Os seis longas nacionais selecionados para a mostra competitiva foram os documentários “Os ossos da saudade”, de Marcos Pimentel (MG); “Ainda estou vivo”, de André Bomfim (SP); e “Muribeca”, de Alcione Ferreira e Camilo Soares (PE); e as ficções “Lima Barreto ao terceiro dia”, de Luiz Antônio Pilar (RJ); “Receba!”, de Pedro Perazzo e Rodrigo Luna (BA); e “Deserto Particular”, de Aly Muritiba (PR); este último, premiado no Festival de Veneza 2021, faz sua estreia nacional no CINE PE e foi o escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga na próxima edição do Oscar.  (Veja abaixo a lista completa de filmes e detalhes).

Já a Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais contempla realizadores do Amazonas, São Paulo, Goiás, Pernambuco, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Norte e Amapá.

Mais uma vez a missão de selecionar os indicados para as mostras competitivas do CINE PE foi dos curadores Edu Fernandes, crítico e programador do circuito Cine Materna, e Nayara Reynaud, crítica de cinema, repórter, criadora e editora-chefe do site cultural Nervos (SP). O público que for ao Teatro do Parque vai poder conferir filmes com temáticas variadas. Cinema de gênero, transformações urbanas, ancestralidade, herança cultural e racismo permeiam a seleção.

“Quando cheguei para trabalhar na curadoria do CINE PE junto com o Edu, ele já tinha um norte muito bem estabelecido sobre a diversidade regional que o festival sempre procura trazer. E, a partir disso, a cada edição, tentamos fazer o mesmo em relação aos formatos, gêneros, temáticas, etc. Espero que o público possa conferir como está este panorama da produção cinematográfica pelo país, apesar de todas as dificuldades”, conta Nayara.

O Júri Oficial de cada categoria das mostras competitivas será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, que serão responsáveis por indicar os vencedores para as seguintes categorias do Troféu Calunga: categoria de longa-metragem (Melhor Filme de longa-metragem, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem); categoria de curta-metragem (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem.

Além das categorias selecionadas pelo Júri Oficial, o público irá selecionar os premiados pelo Júri Popular, por meio do aplicativo oficial do festival, e os críticos da Abraccine também escolherão os melhores filmes nas categorias competitivas das Mostra de Curtas Nacionais e Mostra de Longas Metragens, através do Júri da Crítica.

O acesso ao festival será gratuito, tanto para a exibição de curtas quanto para os longas-metragens. Seguindo protocolos de higienização e sanitização, a capacidade do Teatro do Parque será reduzida a 500 expectadores. Além disso, só será permitida a entrada do público de máscara e mediante apresentação de cartão de vacinação contra Covid-19.

A expectativa da diretora do festival, Sandra Bertini, para o reencontro com o público é a melhor possível. “Aguardamos esse encontro com muita alegria e ansiedade. Realizamos um festival de forma virtual e esse reencontro é importante para sentirmos novamente toda a emoção e a efervescência da plateia aplaudindo e ovacionando as exibições”, comemora a diretora. Para Sandra, a essência do festival é o encontro do filme, dos realizadores e atores, com o público.

Nesta edição as coletivas/debates sobre os filmes também voltam a acontecer de forma presencial, no Hotel Nóbile Executive, em Boa Viagem, que será o QG do festival. Aberto ao público e imprensa, será sempre nas manhãs seguintes às exibições dos filmes. O hotel também vai receber os convidados e a imprensa especializada de todo o Brasil. Os tradicionais cursos/oficinas e seminários/workshops realizados pelo CINE PE para a formação de jovens talentos do audiovisual ficarão para um segundo momento, entre dezembro de 2021 e março de 2022, com programação que será divulgada posteriormente.

Mostra Infantil – Os alunos das escolas públicas municipais e estaduais terão duas sessões especiais dentro da programação do CINE PE. A Mostra Infantil, fora de competição, está programada para o mês de março/2022 no mesmo Teatro do Parque. Serão exibidos os filmes “Turma da Mônica – Laços”, de Daniel Rezende, e “A Pequena Travessa’’, de Joachim Masannek.

Mostra Especial – O longa de ficção pernambucano “Recife Assombrado”, de Adriano Portela, será exibido na tarde de 26 de novembro, às 14 horas, na mostra especial que marca a conclusão das oficinas ministradas pelo festival para professores e multiplicadores da rede pública de ensino de Pernambuco, entre os meses de maio e agosto de 2021. A trama conta a história de Hermano (Daniel Rocha), que retorna ao Recife após 20 anos para investigar o desaparecimento do seu irmão. Durante essa busca, ele se depara com assombrações famosas do imaginário recifense durante a noite. O acesso também será gratuito e aberto ao público mediante lotação. 

Troféu Calunga – O Troféu Calunga é oferecido aos vencedores das mostras competitivas de curtas e longas-metragens. A “Calunga” representa a boneca carregada pela sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros durante a apresentação do Maracatu. Ela faz parte das cerimônias religiosas, onde recebe o nome de uma princesa e representa uma divindade expressando um objeto de força e proteção. O Troféu Calunga é uma criação da artista plástica Juliana Notari. Os homenageados do Cine PE são contemplados com a Calunga de Ouro e os filmes vencedores, com a Calunga de Prata.

Premiações – De acordo com o regulamento do Cine PE, são 12 categorias de prêmios para a Mostra Competitiva de Longas-Metragens: Melhor filme, direção, roteiro, fotografia, montagem, edição de som, trilha sonora, direção de arte, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, atriz e ator. Os filmes das Mostras Competitivas de Curtas-Metragens Nacionais e Pernambucanos serão julgados em dez categorias: Melhor filme, direção, roteiro, fotografia, montagem, edição de som, trilha sonora, direção de arte, ator e atriz.

Além da premiação oficial, o Canal Brasil oferece o Prêmio Canal Brasil de Curtas – um júri composto por jornalistas e críticos de cinema escolhe o melhor filme de curta-metragem em competição, que, além de ser exibido na grade de programação, recebe o Troféu Canal Brasil e R$15 mil.

“Mulher Oceano”, de Djin Sganzerla, leva o título de melhor filme do NOVO CINE PE 2020

O NOVO CINE PE, edição de número 24 do Festival do Audiovisual, consagrou o filme “Mulher Oceano” como Melhor Longa-Metragem escolhido pelo júri oficial do evento. A ficção da paulistana Djin Sganzerla, que também atua como atriz principal na película, conta a história de duas mulheres brasileiras que têm uma profunda ligação com o mar: uma escritora que está vivendo em Tóquio e uma atleta de travessia oceânica no Rio de Janeiro. As histórias se cruzam quando, sem perceber, a nadadora estranhamente tem seu corpo transformado em uma espécie de Oceano interior. “Mulher Oceano” também premiou Djin Sganzerla como Melhor Atriz do CINE PE 2020 e levou ainda os Calungas de Prata de Melhor Montagem e Melhor Direção de Arte.

O documentário gaúcho “O que pode um corpo?”, de Victor Di Marco e Márcio Picoli, ganhou os prêmios de Melhor Curta Nacional e Melhor Roteiro, além de faturar os Calungas de Trilha Sonora e Melhor Fotografia. Enquanto que na Mostra Competitiva de Curtas Pernambucanos o vencedor foi a animação “Nimbus”, de Marcos Buccini, que também abocanhou o Melhor Roteiro para o quarteto formado por Diego Credidio, Luciana De Mari, Isabella Aragão e o próprio Marcos Buccini.

Os 6 longas e 31 curtas exibidos na 24ª edição do NOVOCINE PE passaram pelo crivo dos 11 jurados selecionados para o Júri Oficial: Adriano Portela (PE), Sérgio Rezende (RJ), Kalyne Almeida (PB), Sandra Ribeiro (PE), Bianca de Felippes (RJ), Ilona Wirth (BA), Vitor Burigo (SC), Cacá Soares (PE), Paula Barreto (RJ), Beto Rodrigues (RS) e Paulo Mendonça (RJ).

O longa-metragem documental “Memórias Afro-Atlânticas”, da baiana Gabriela Barreto, também foi um dos destaques desta edição, levando para casa os calungas de Melhor Direção e Melhor Roteiro além de ter sido o escolhido pelos críticos especializados Júlio Bezerra (MS), Marco Tomazzoni (SP) e Maria Caú (RJ) como o melhor longa de acordo com o Júri da Crítica.

Os jurados ainda concederam uma menção honrosa ao curta pernambucano “Cozinheiras de Terreiro”, com direção de Tauana Uchôa, “pela narrativa feminina que unida à força do tema evoca uma brilhante reflexão sobre fé, serviço e sagrado”. Já os personagens do doc “Eu.tempo”, da também pernambucana Thaíse Moura, participante da Mostra Nacional de Curtas-Metragens, também receberam menção honrosa do júri oficial por suas histórias e vivências inspiradoras.

O público que assistiu as mostras competitivas do NOVO CINE PE escolheu como melhor Curta metragem da Mostra Competitiva de filmes pernambucanos, o filme “Cozinheiras de Terreiro” documentário da diretora Tauana Uchôa. O melhor filme da Mostra Competitiva de Curtas Nacionais, segundo o júri popular, foi o filme “Eu.Tempo” um documentário pernambucano da diretora Thaíse Moura. Complementando, o júri popular escolheu como o

Melhor Longa Metragem dessa edição, o filme “Memórias Afro-Atlânticas” um documentário baiano da diretora Gabriela Barreto. Foram 108.312 votantes.

O Canal Brasil que foi, nesta edição, o exibidor oficial do NOVO CINE PE, concedeu o Prêmio Canal Brasil de Curtas ao filme “Manaus Hot City” uma ficção do estado do Amazonas e do diretor Rafael Ramos. Esse prêmio tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. A escolha do vencedor desse prêmio foi feita por um júri convidado pelo Canal Brasil e composto por jornalistas especializados. O melhor curta receberá o Troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil.

A diretora do CINE PE, Sandra Bertini, destaca que foi um ano difícil para quem empreende na área de economia criativa e audiovisual, mas comemora o sucesso de mais uma edição. “Foi um ano de incertezas e desafios, mas acho que foi um modelo que funcionou bem e que foi muito bem abraçado tanto pelos realizadores quanto pelo público”. A direção do festival estuda fazer um evento presencial no dia 13 de março de 2021, caso o cenário de saúde pública seja favorável, para entregar os troféus pessoalmente aos vencedores das mostras competitivas. “Em 2021 voltaremos com a edição presencial do evento, no final de julho, comemorando 25 anos de história. Vai ser a edição do abraço, de volta ao Cinema São Luiz com seis dias de competição, com a presença do público, os homenageados, a mostra infantil e tantas outras ideias que estamos bolando para esta edição comemorativa”, adianta Sandra.

CONFIRA A LISTA COMPLETA DE PREMIADOS:

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

Melhor Filme – Nimbus, Direção: Marcos Buccini / Animação

Melhor Direção – Felipe Soares – Filme: O Menino que morava no som / Ficção

Melhor Roteiro – Diego Credidio, Luciana De Mari, Isabella Aragão, Marcos Buccini – Filme: Nimbus / Animação

Melhor Fotografia – Amanda Lira, Jefferson Nascimento, Marlom Meirelles, Patrícia Lindoso e Raphael Ferreira – Filme: Mata / Documentário

Melhor Montagem – Daniel Barros – Filme: Presente de Deus / Documentário

Melhor Edição de Som – Adam Matschulat – Filme: O Menino que morava no som / Ficção

Melhor Direção de Arte – Thiago Amaral – Filme: O quarto Negro / Ficção

Melhor Trilha Sonora – Antônio Nogueira – Filme: O mundo de Clara / Animação

Melhor Ator – Maycon Douglas – Filme: O Menino que morava no som / Ficção

Melhor Atriz – Zezita Matos – Filme: O Quarto Negro / Ficção

Menção Honrosa – Cozinheiras do Terreiro – Direção: Tauana Uchôa, pela narrativa feminina que unida à força do tema evoca uma brilhante reflexão sobre fé, serviço e sagrado.

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

Melhor Filme – O que pode um corpo? – Direção: Victor Di Marco e Márcio Picoli / Documentário (RS)

Melhor Direção – Victor Di Marco e Márcio Picoli – Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)

Melhor Roteiro – Victor Marinho – Filme: Vigia – Um olhar para a morte / Ficção (BA)

Melhor Fotografia – Bruno Polidoro – Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)

Melhor Montagem – Victor Marinho – Filme: Vigia – Um olhar para a morte / Ficção (BA)

Melhor Edição de Som – Paulo Umbelino – Filme: Eu.tempo / Documentário (PE)

Melhor Direção de Arte – Lia Letícia – Filme: Ex-humanos / Ficção (PE)

Melhor Trilha Sonora – Casemiro Azevedo e Vitório O. Azevedo – Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)

Melhor Ator – Paulo Copioba – Filme Reagente / Ficção (RJ)

Melhor Atriz – Cássia Damascenso – Filme: Vai Melhorar / Ficção (RN)

Menção Honrosa – Filme: Eu.tempo – Direção Thaíse Moura / Documentário (PE), o júri concedeu menção honrosa aos personagens do filme por suas histórias e vivências inspiradoras, carisma, emoção e pela maneira como tratam o tempo de forma subjetiva em uma crônica audiovisual lírico-afetiva.

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS:

Melhor Filme – Mulher Oceano – Direção: Djin Sganzerla / Ficção (SP)

Melhor Direção – Gabriela Barreto – Filme: Memórias Afro-Atlânticas / Documentário (BA)

Melhor Roteiro – Cassio Nobre e Xavier Vatin – Filme: Memórias Afro-Atlânticas / Documentário (BA)

Melhor Fotografia – Beto Martins – Filme: Nós, que ficamos / Documentário (PE)

Melhor Montagem – Karen Akerman – Filme Mulher Oceano/ Ficção (SP)

Melhor Edição de Som – Caio Barreto, Alexandre Griva e Melhor do Mundo Estúdios – Filme: Ioiô de Iaiá /Documentário (RJ)

Melhor Direção de Arte – Isabela Azevedo – Filme: Mulher Oceano/ Ficção (SP)

Melhor Trilha Sonora – Nicolau Domingues e Caio Domingues – Filme: Nós, que ficamos / Documentário (PE)

Melhor Ator – Guili Arenzon – Filme: Mudança / Ficção (RS)

Melhor Atriz – Djin Sganzerla – Filme: Mulher Oceano / Ficção (SP)

Melhor Ator Coadjuvante – Eron Cordeiro – Filme: O Buscador / Ficção (RJ)

Melhor Atriz Coadjuvante – Débora Duboc – Filme: O Buscador / Ficção (RJ)

JÚRI POPULAR

Melhor Longa-Metragem – “Memórias Afro-Atlânticas” documentário da diretora Gabriela Barreto da Bahia

Melhor Curta Nacional – “Eu.Tempo” documentário da diretora Thaíse Moura de Pernambuco

Melhor Curta Pernambucano – “Cozinheiras de Terreiro” documentário da diretora Tauana Uchoa

PRÊMIO DA CRÍTICA/ABRACCINE

Melhor Longa-Metragem – Por se debruçar sobre uma história riquíssima e pouco conhecida de documentação dos terreiros de candomblé de Salvador e do Recôncavo Baiano (retratando a herança e memória linguísticas de personalidades religiosas como Mãe Menininha do Gantois, Joãozinho da Goméia e Manoel Falefá) e traçar uma espécie de quebra-cabeça em torno desse achado com a ajuda de personagens interessantes e carismáticos, revelando como essa tradição oral sobrevive e a importância de documenta-la, o Júri Abraccine concede o título de melhor filme para “Memórias Afro-Atlânticas”, de Gabriela Barreto.

Melhor Curta Nacional – Por construir uma espécie de ensaio-crônica sobre o tempo, conjugando uma certa simplicidade formal com um lirismo afetivo marcado por impressões e memórias, conduzido por paisagens e entrevistados (não especialistas que revelam a profundidade de suas vivências ditas comuns), o júri da Abraccine concede o prêmio de melhor curta-metragem a “Eu.tempo”, de Thaíse Moura.

PRÊMIO AQUISIÇÃO DO CANAL BRASIL – Melhor Curta: Manaus Hot City.

O Prêmio Canal Brasil de Curtas tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. Um júri

convidado pelo Canal Brasil e composto por jornalistas especializados em cinema escolhe o melhor curta em competição que recebe o troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil.

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