Pelo segundo ano consecutivo, o Cine PE realiza uma mostra paralela, com filmes inéditos, porém, fora de competição. Em 2024, a seleção de títulos exibidos em sessão matinê ganhou um nome oficial, passando a se chamar Mostra Inquietações — título escolhido pelos curadores do festival, Edu Fernandes, Nayara Reynaud e Carissa Vieira. Nesta edição, a programação paralela do evento dobrou, passando para dois dias de exibição na sala do Cinema do Porto, no bairro do Recife.
Contudo, para Sandra Bertini, diretora do Cine PE, a ideia é que a Inquietações cresça ainda mais. “Sabemos que o público está acostumado a ver os filmes do festival à noite. É uma tradição que se estende por 28 edições, mas queremos atrair mais pessoas também para a Mostra Inquietações. Nossa intenção é expandir”, comentou Sandra.
No primeiro dia de exibição, a curadora Carissa Vieira explicou o novo nome: “É uma mostra que reflete nossa própria inquietação em trazer mais filmes para o festival, mas também uma maneira de inquietar — no sentido de provocar — o público”, disse.
Além de crescer em número de dias, diferente do ano anterior, em que só foram exibidos curtas-metragens, a Inquietações exibiu na tarde deste sábado (8) um longa-metragem, a produção pernambucana “Estação Janga-Lua”, de Chia Beloto e Rui Mendonça, uma docuficção que acompanha o mestre griô referência na tradição do Coco de Roda em Pernambuco, Zeca do Rolete.
“Ninguém faz cinema sozinho. Queremos agradecer ao Cine PE pela oportunidade de estrearmos o filme aqui, de contar essa história e por abrir essa janela para que o público possa conhecer a história de seu Zeca do Rolete”, agradeceu Chia Beloto.
Além do longa, foram exibidos os curtas “Era Uma Noite de São João”, de Bruna Velden e “Utopia Muda”, de Julio Matos.