Depois da segunda noite de exibição do CINE PE, a diretora do festival, Sandra Bertini, reuniu sete representantes dos seis curtas-metragens exibidos na véspera para uma entrevista aberta ao público. A coletiva de imprensa aconteceu na manhã desta quinta (29) no Hotel Transámerica, em Boa Viagem. Entre os presentes estavam o roteirista Marcelo Cavalcante e o animador Marcos França, de Marina e o passarinho perdido, curta criado a partir de um livro infantil, também da autoria de Marcelo, que retrata histórias que surgiram das brincadeiras de sua filha Marina. Também estavam no palco a diretora de Almas Secas, Helena Ferreira, curta de dois minutos de duração que foi produzido como seu trabalho de conclusão de curso; Maurício Nunes, diretor da animação O Ex-Mágico, baseado no título homônimo de Murilo Rubião; Marcus Paiva, diretor de Soberanos da Resistência, documentário que traz um olhar reflexivo sobre a situação do maracatu em Pernambuco; e Lucas Tergolino, co-produtor do curta-metragem gaúcho Dia dos Namorados.

Foto: Lana Pinho/Divulgação

Por fim, o documentário Luiza foi representado pelo diretor de fotografia Murilo Lazarin. A película dirigida por Caio Baú, irmão da personagem retratada, trata da relação entre uma jovem deficiente de 24 anos e o universo ao seu redor, tendo a sexualidade como fio condutor para abordar temas como autonomia, preconceito e superproteção. O debate, que durou pouco mais de uma hora e meia, girou em torno do processo criativo dos filmes. Contudo, na maior parte do tempo, os holofotes se detiveram sobre Luiza e as curiosidades sobre a personagem-título. “Vocês conseguiram o que nem sempre os documentários conseguem, que é o mergulho na intimidade de um indivíduo”, descreveu o diretor da ANCINE, Sérgio Sá Leitão.

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