Maracatu e silêncio marcaram os curtas da quarta-feira

Dando continuidade a programação do Cine PE, os diretores dos curtas ‘Soberanos do Congo’ e ‘Das águas que passam’, Raoni Moreno e Diego Zon, respectivamente, falaram sobre suas participações nas mostras competitivas de curta metragem do festival audiovisual. Os títulos foram exibidos na noite da última quarta (4), no Cinema São Luiz.

O curta ‘Das Águas que Passam’ foi filmado na Foz do Rio Doce, o rio que teve a morte decretada pelo desastre ecológico de Mariana, em Minas Gerais. O filme aposta no poder da imagem e do silêncio para mostrar a comunidade de Regência, em Linhares, litoral Norte do Espiríto Santo, principalmente o cotidiano do pescador Zé de Sabino e das pessoas que o cercam.”Sou um admirador do mar e da natureza. Foi um grande mergulho fazer esse filme. Passamos dois dias no mar para sentir a atmosfera do lugar”, comentou Diego. ‘Das Águas que Passam’ representou o Brasil na Competição de Curtas-Metragens do último Festival de Berlim. “Foi fantástico sair do Espírito Santo e chegar até Berlim. Fomos muito bem recebidos. Nós tivemos quatro exibições no festival, ambas bem cheias”, contou o diretor.

Já o diretor Raoni Moreno contou que a ideia de gravar o documentário ‘Soberanos do Congo’ surgiu em 2010, foi gravado entre 2011 e 2012, ficou na geladeira por três anos e só em 2015 foi finalizado. Raoni visitou os centenários maracatus pernambucanos em busca de significados, gestos e traços de ancestralidade em seus componentes. “Eu consegui, realmente, entrar na alma do maracatu, na questão religiosa”, disse Raoni. O filme ainda não foi apresentado para os grupos de maracatu presentes na película, mas o diretor promete uma exibição especial e conta que a partir da seleção para o Cine PE já está tendo respostas de outros festivais.

Patrocínio Master

Patrocínio

Pular para o conteúdo