Ator está no Recife para participar do 23º Cine PE.

No Recife para o lançamento do seu novo filme, “Abraço”, de DF Fiuza, que concorre na Mostra Competitiva de Longas-Metragens do Cine PE, Flávio Bauraqui trouxe um discurso fervoroso de protesto contra o atual cenário político brasileiro. A respeito dos recentes ataques à Ancine pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, Flávio comentou que “é bom que eles provoquem”.


“Só é atacado quem oferece uma espécie de risco. O medo é o que provoca o ataque, então só estão nos atacando porque sabem que nós estamos aqui para elucidar. Eles querem o boi mandado, os que aceitam tudo. Nós não temos que aceitar, temos que questionar. Eles não vão acabar com a gente. E é bom que ataquem, porque é aquela coisa de que toda ação gera uma reação”, provocou Bauraqui.


Se na noite de exibições da última terça-feira (30) o clima já era de protesto, a coletiva de imprensa organizada pela produção do evento na manhã desta quarta (31) atiçou inúmeros debates. Também esteve em foco o curta-metragem carioca “#Procuram-se Mulheres”, de Rozzi Brasil. O documentário, que expõe a invisibilidade da mulher e o machismo no samba, acendeu diversas questões durante o bate-papo, inclusive sobre a presença feminina no audiovisual.

Curador da Mostra Competitiva de Longas-Metragens e de Curtas-Metragens Nacionais, e mediador das coletivas, Edu Fernandes comentou sobre o conforto de ter visto tantas produções realizadas por mulheres durante a seleção de filmes para o festival. “É uma coisa com que nós, enquanto curadores, nos preocupamos muito: inserir filmes de diretoras mulheres. Neste ano, nós não precisamos nos preocupar muito com isso, porque o material chegou em grande quantidade – o que significa que tem mais mulheres produzindo cinema, e isso é ótimo”.

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