Dando continuidade à mostra paralela de filmes exibidos fora de competição no 28º Cine PE, o segundo dia da Mostra Inquietações encheu o Cinema do Porto para a exibição de seis curtas-metragens. Na sala de projeção, localizada dentro do Porto Digital, no Bairro do Recife, as equipes dos filmes da tarde se misturavam animadamente com o público na tarde deste domingo (9).

A diretora do Cine PE, Sandra Bertini, apresentou a Mostra, relembrando o inevitável sofrimento, que se repete todos os anos, de deixar de fora tantos filmes inscritos por conta das limitações do festival. “Na hora de selecionar o que vai ser exibido nas Mostras Competitivas, a gente tem vontade de colocar muito mais filmes, mas infelizmente nós temos restrições de tempo. Só temos seis dias de festival, temos limite de horário no cinema do Teatro do Parque, e fazer essa peneira dói”, explicou.

A programação do domingo foi composta majoritariamente por filmes produzidos em diferentes estados do Nordeste, com exceção dos curtas de ficção “Adam” (PR), de Ana Catarina, e “Cida Tem Duas Silabas” (SP), de Giovana Castellari. Produções nordestinas como a ficção “Dinho” (PE), de Leo Tabosa; a animação “Lagrimar” (RN), de Paula Vanina; e os documentários “Seu Adauto” (PE), de Edvaldo Santos, e “Destino Brasília” (PB), de Kalyne Almeida, Leandro Cunha e Sandro Alves de França, arrancaram risos e lágrimas da plateia.

Paula Vanina, diretora de “Lagrimar”, falou no palco sobre a emoção de participar dessa mostra no Cine PE. “Eu estou extremamente feliz de ter vindo a Recife para o Cine PE, um festival nordestino, trazer cinema feito no Nordeste para um festival do Nordeste, eu acho extremamente importante e espero que tenhamos cada vez mais espaço. E eu queria agradecer à curadoria porque — é uma brincadeira mas não é — eu prefiro inquietar e ficar inquieta do que competir”, completou a cineasta.

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