A terceira noite de exibição do Cine PE foi envolta por uma atmosfera romântica: a própria chuva que caiu no sábado (8) adicionou um toque especial à seleção de filmes apresentados. A curadoria habilmente entrelaçou produções pernambucanas e nacionais que exploram o amor em suas diversas facetas. Com um tom melancólico, o curta pernambucano “Naufrágo”, de Vitória Vasconcellos, entrelaça o tempo, o amor e a dor das despedidas prematuras, enquanto “Das Águas”, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo, retrata o amor latente pela cidade do Recife, mesmo diante do abandono e do descaso, manifestando-se em uma relação de luta, sonhos e tradição.
Na Mostra Competitiva de Curtas Nacionais, “Hoje Eu Só Volto Amanhã”, de Diego Lacerda, revela um amor pela tradição do Carnaval na Terra dos Altos Coqueiros, enquanto “Sempre o Mesmo”, de João Folharini, aborda a relação entre pai e filho, explorando o paradoxo da masculinidade. A noite culminou com o aguardado concorrente da Mostra Competitiva de Longas-Metragens, “Cordel do Amor Sem Fim”, de Daniel Alvim, que traz à tona discussões contemporâneas e urgentes de forma poética, explorando um tema universal e familiar para muitos que buscam um propósito maior na vida através do amor.
No Cineteatro do Parque, palco do festival mais uma vez neste ano, os agradecimentos foram dirigidos à curadoria do festival pela seleção dos filmes. Thalis Italo, protagonista de “Emocionados”, dirigido por Pedro Melo e concorrente da Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos, lembrou sua presença como espectador do Cine PE em anos anteriores e seu desejo de participar. “Eu não posso começar a minha fala sem agradecer o Cine PE pela oportunidade. Em 2021, eu tava sentadinho assistindo às sessões do festival e eu pensei ‘um dia eu quero participar disso’ e agora eu tô aqui”, relembrou. O curta, que narra uma história de amor adolescente ambientada na periferia do Recife, foi recebido com entusiasmo pelo público que lotou o Teatro do Parque.
O destaque da noite, “Cordel do Amor Sem Fim”, trouxe à tona discussões profundas, abordando temas contemporâneos e urgentes de maneira poética, tocando aqueles que buscam significado e conexão através do amor. Helena Ranaldi, presente para representar o filme, agradeceu ao festival pela estreia do longa, destacando a importância desse trabalho conjunto com seu marido, Daniel Alvim, e o árduo processo de produção do longa. “Eu estou muito emocionada e muito feliz por estar aqui hoje. Eu já estive no Cine PE em outro momento, mas agora é muito diferente, é outra emoção, porque esse filme é uma produção minha e do Daniel, então faz toda a diferença. Foi um processo difícil que a gente teve para realizar este filme”, comentou.