O NOVO CINE PE, edição de número 24 do Festival do Audiovisual, consagrou o filme “Mulher Oceano” como Melhor Longa-Metragem escolhido pelo júri oficial do evento. A ficção da paulistana Djin Sganzerla, que também atua como atriz principal na película, conta a história de duas mulheres brasileiras que têm uma profunda ligação com o mar: uma escritora que está vivendo em Tóquio e uma atleta de travessia oceânica no Rio de Janeiro. As histórias se cruzam quando, sem perceber, a nadadora estranhamente tem seu corpo transformado em uma espécie de Oceano interior. “Mulher Oceano” também premiou Djin Sganzerla como Melhor Atriz do CINE PE 2020 e levou ainda os Calungas de Prata de Melhor Montagem e Melhor Direção de Arte.
O documentário gaúcho “O que pode um corpo?”, de Victor Di Marco e Márcio Picoli, ganhou os prêmios de Melhor Curta Nacional e Melhor Roteiro, além de faturar os Calungas de Trilha Sonora e Melhor Fotografia. Enquanto que na Mostra Competitiva de Curtas Pernambucanos o vencedor foi a animação “Nimbus”, de Marcos Buccini, que também abocanhou o Melhor Roteiro para o quarteto formado por Diego Credidio, Luciana De Mari, Isabella Aragão e o próprio Marcos Buccini.
Os 6 longas e 31 curtas exibidos na 24ª edição do NOVOCINE PE passaram pelo crivo dos 11 jurados selecionados para o Júri Oficial: Adriano Portela (PE), Sérgio Rezende (RJ), Kalyne Almeida (PB), Sandra Ribeiro (PE), Bianca de Felippes (RJ), Ilona Wirth (BA), Vitor Burigo (SC), Cacá Soares (PE), Paula Barreto (RJ), Beto Rodrigues (RS) e Paulo Mendonça (RJ).
O longa-metragem documental “Memórias Afro-Atlânticas”, da baiana Gabriela Barreto, também foi um dos destaques desta edição, levando para casa os calungas de Melhor Direção e Melhor Roteiro além de ter sido o escolhido pelos críticos especializados Júlio Bezerra (MS), Marco Tomazzoni (SP) e Maria Caú (RJ) como o melhor longa de acordo com o Júri da Crítica.
Os jurados ainda concederam uma menção honrosa ao curta pernambucano “Cozinheiras de Terreiro”, com direção de Tauana Uchôa, “pela narrativa feminina que unida à força do tema evoca uma brilhante reflexão sobre fé, serviço e sagrado”. Já os personagens do doc “Eu.tempo”, da também pernambucana Thaíse Moura, participante da Mostra Nacional de Curtas-Metragens, também receberam menção honrosa do júri oficial por suas histórias e vivências inspiradoras.
O público que assistiu as mostras competitivas do NOVO CINE PE escolheu como melhor Curta metragem da Mostra Competitiva de filmes pernambucanos, o filme “Cozinheiras de Terreiro” documentário da diretora Tauana Uchôa. O melhor filme da Mostra Competitiva de Curtas Nacionais, segundo o júri popular, foi o filme “Eu.Tempo” um documentário pernambucano da diretora Thaíse Moura. Complementando, o júri popular escolheu como o
Melhor Longa Metragem dessa edição, o filme “Memórias Afro-Atlânticas” um documentário baiano da diretora Gabriela Barreto. Foram 108.312 votantes.
O Canal Brasil que foi, nesta edição, o exibidor oficial do NOVO CINE PE, concedeu o Prêmio Canal Brasil de Curtas ao filme “Manaus Hot City” uma ficção do estado do Amazonas e do diretor Rafael Ramos. Esse prêmio tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. A escolha do vencedor desse prêmio foi feita por um júri convidado pelo Canal Brasil e composto por jornalistas especializados. O melhor curta receberá o Troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil.
A diretora do CINE PE, Sandra Bertini, destaca que foi um ano difícil para quem empreende na área de economia criativa e audiovisual, mas comemora o sucesso de mais uma edição. “Foi um ano de incertezas e desafios, mas acho que foi um modelo que funcionou bem e que foi muito bem abraçado tanto pelos realizadores quanto pelo público”. A direção do festival estuda fazer um evento presencial no dia 13 de março de 2021, caso o cenário de saúde pública seja favorável, para entregar os troféus pessoalmente aos vencedores das mostras competitivas. “Em 2021 voltaremos com a edição presencial do evento, no final de julho, comemorando 25 anos de história. Vai ser a edição do abraço, de volta ao Cinema São Luiz com seis dias de competição, com a presença do público, os homenageados, a mostra infantil e tantas outras ideias que estamos bolando para esta edição comemorativa”, adianta Sandra.
CONFIRA A LISTA COMPLETA DE PREMIADOS:
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS
Melhor Filme – Nimbus, Direção: Marcos Buccini / Animação
Melhor Direção – Felipe Soares – Filme: O Menino que morava no som / Ficção
Melhor Roteiro – Diego Credidio, Luciana De Mari, Isabella Aragão, Marcos Buccini – Filme: Nimbus / Animação
Melhor Fotografia – Amanda Lira, Jefferson Nascimento, Marlom Meirelles, Patrícia Lindoso e Raphael Ferreira – Filme: Mata / Documentário
Melhor Montagem – Daniel Barros – Filme: Presente de Deus / Documentário
Melhor Edição de Som – Adam Matschulat – Filme: O Menino que morava no som / Ficção
Melhor Direção de Arte – Thiago Amaral – Filme: O quarto Negro / Ficção
Melhor Trilha Sonora – Antônio Nogueira – Filme: O mundo de Clara / Animação
Melhor Ator – Maycon Douglas – Filme: O Menino que morava no som / Ficção
Melhor Atriz – Zezita Matos – Filme: O Quarto Negro / Ficção
Menção Honrosa – Cozinheiras do Terreiro – Direção: Tauana Uchôa, pela narrativa feminina que unida à força do tema evoca uma brilhante reflexão sobre fé, serviço e sagrado.
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS
Melhor Filme – O que pode um corpo? – Direção: Victor Di Marco e Márcio Picoli / Documentário (RS)
Melhor Direção – Victor Di Marco e Márcio Picoli – Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)
Melhor Roteiro – Victor Marinho – Filme: Vigia – Um olhar para a morte / Ficção (BA)
Melhor Fotografia – Bruno Polidoro – Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)
Melhor Montagem – Victor Marinho – Filme: Vigia – Um olhar para a morte / Ficção (BA)
Melhor Edição de Som – Paulo Umbelino – Filme: Eu.tempo / Documentário (PE)
Melhor Direção de Arte – Lia Letícia – Filme: Ex-humanos / Ficção (PE)
Melhor Trilha Sonora – Casemiro Azevedo e Vitório O. Azevedo – Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)
Melhor Ator – Paulo Copioba – Filme Reagente / Ficção (RJ)
Melhor Atriz – Cássia Damascenso – Filme: Vai Melhorar / Ficção (RN)
Menção Honrosa – Filme: Eu.tempo – Direção Thaíse Moura / Documentário (PE), o júri concedeu menção honrosa aos personagens do filme por suas histórias e vivências inspiradoras, carisma, emoção e pela maneira como tratam o tempo de forma subjetiva em uma crônica audiovisual lírico-afetiva.
MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS:
Melhor Filme – Mulher Oceano – Direção: Djin Sganzerla / Ficção (SP)
Melhor Direção – Gabriela Barreto – Filme: Memórias Afro-Atlânticas / Documentário (BA)
Melhor Roteiro – Cassio Nobre e Xavier Vatin – Filme: Memórias Afro-Atlânticas / Documentário (BA)
Melhor Fotografia – Beto Martins – Filme: Nós, que ficamos / Documentário (PE)
Melhor Montagem – Karen Akerman – Filme Mulher Oceano/ Ficção (SP)
Melhor Edição de Som – Caio Barreto, Alexandre Griva e Melhor do Mundo Estúdios – Filme: Ioiô de Iaiá /Documentário (RJ)
Melhor Direção de Arte – Isabela Azevedo – Filme: Mulher Oceano/ Ficção (SP)
Melhor Trilha Sonora – Nicolau Domingues e Caio Domingues – Filme: Nós, que ficamos / Documentário (PE)
Melhor Ator – Guili Arenzon – Filme: Mudança / Ficção (RS)
Melhor Atriz – Djin Sganzerla – Filme: Mulher Oceano / Ficção (SP)
Melhor Ator Coadjuvante – Eron Cordeiro – Filme: O Buscador / Ficção (RJ)
Melhor Atriz Coadjuvante – Débora Duboc – Filme: O Buscador / Ficção (RJ)
JÚRI POPULAR
Melhor Longa-Metragem – “Memórias Afro-Atlânticas” documentário da diretora Gabriela Barreto da Bahia
Melhor Curta Nacional – “Eu.Tempo” documentário da diretora Thaíse Moura de Pernambuco
Melhor Curta Pernambucano – “Cozinheiras de Terreiro” documentário da diretora Tauana Uchoa
PRÊMIO DA CRÍTICA/ABRACCINE
Melhor Longa-Metragem – Por se debruçar sobre uma história riquíssima e pouco conhecida de documentação dos terreiros de candomblé de Salvador e do Recôncavo Baiano (retratando a herança e memória linguísticas de personalidades religiosas como Mãe Menininha do Gantois, Joãozinho da Goméia e Manoel Falefá) e traçar uma espécie de quebra-cabeça em torno desse achado com a ajuda de personagens interessantes e carismáticos, revelando como essa tradição oral sobrevive e a importância de documenta-la, o Júri Abraccine concede o título de melhor filme para “Memórias Afro-Atlânticas”, de Gabriela Barreto.
Melhor Curta Nacional – Por construir uma espécie de ensaio-crônica sobre o tempo, conjugando uma certa simplicidade formal com um lirismo afetivo marcado por impressões e memórias, conduzido por paisagens e entrevistados (não especialistas que revelam a profundidade de suas vivências ditas comuns), o júri da Abraccine concede o prêmio de melhor curta-metragem a “Eu.tempo”, de Thaíse Moura.
PRÊMIO AQUISIÇÃO DO CANAL BRASIL – Melhor Curta: Manaus Hot City.
O Prêmio Canal Brasil de Curtas tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. Um júri
convidado pelo Canal Brasil e composto por jornalistas especializados em cinema escolhe o melhor curta em competição que recebe o troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil.
Festival Audiovisual terá exibições das mostras competitivas no Canal Brasil, pela TV e pela plataforma de streaming Canais Globo (antigo Canal Brasil Play), entre os dias 23 e 25 de novembro
Em um ano totalmente atípico devido à pandemia de COVID-19, o NOVO CINE PE – Festival do Audiovisual será um pouco diferente. Prevista inicialmente para o mês de maio, a 24ª edição do festival ganha nova data e será realizada exclusivamente pelo Canal Brasil na televisão e na internet – por meio da plataforma de streaming Canais Globo (antigo Canal Brasil Play) –, além da TV Pernambuco, uma vez que ainda não é recomendável a realização de eventos presenciais de grande porte. O formato multiplataforma vai possibilitar que ainda mais pessoas possam ter acesso ao conteúdo do festival, democratizando ainda mais o acesso ao cinema.
De 23 a 25 de novembro, a programação do horário nobre do Canal Brasil será ocupada pelos longas-metragens selecionados para a mostra competitiva do NOVO CINE PE 2020, sendo dois por noite, a partir das 18h, com exibição simultânea no streaming Canais Globo. Já os 31 curtas escolhidos para as mostras competitivas de curtas-metragens Nacional e Pernambuco ficarão disponíveis online, para assinantes da plataforma Canais Globo, durante os três dias de festival, o que vai possibilitar que os cinéfilos assistam às películas nos horários que lhes forem convenientes. As mostras competitivas de curtas ainda serão exibidas na TV Pernambuco, com data a ser definida.
Dos 941 filmes inscritos para as mostras competitivas, número que representa um crescimento de discretos 5,37% em relação ao número de 2019, que foi de 892 filmes, seis longas, sendo três na categoria ficção e três na categoria documentário, estarão juntos na Mostra Competitiva de Longas-Metragens, oito títulos na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos e vinte e três na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais.
Os seis longas nacionais selecionados para a mostra competitiva foram as ficções “O Buscador” (RJ), de Bernardo Barreto; “Mudança” (RS), de Fabiano de Souza; e “Mulher Oceano” (SP), de Djin Sganzerla; e os documentários “Nós, que ficamos” (PE), de Eduardo Monteiro; “Memórias Afro-Atlânticas” (BA), de Gabriela Barreto; e “Ioiô de Iaiá” (RJ), de Paula Braun. Para Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais foram selecionadas 23 produções do Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. (Veja abaixo a lista completa de selecionados e detalhes).
A missão de selecionar os curtas e longas das mostras competitivas do NOVO CINE PE 2020 ficou nas mãos dos curadores Edu Fernandes, crítico e programador do circuito Cine Materna, e Nayara Reynaud, crítica de cinema, repórter, criadora e editora-chefe do site cultural Nervos (SP). Vale a pena destacar o crescimento da participação de produções pernambucanas. De acordo com Edu Fernandes, foram mais filmes avaliados e com alto grau de qualidade. “Por essa razão, a Mostra Nacional de Curtas abriga mais produções pernambucanas do que nos últimos anos, para poder contemplar as realizações locais que precisam ser vistas. Outro desdobramento dessa maior participação dos produtores locais é a alegria de voltar a ter um longa pernambucano em competição no Cine PE, algo que não acontecia há alguns anos”, comemora o curador.
A ideia dos curadores para a edição 2020 foi compor um retrato o mais diverso possível da produção nacional de cinema, com filmes das cinco regiões do país. De acordo com Edu, “o público pode esperar, de alguma forma, se ver na tela. Os temas e abordagens dos filmes da seleção dialogam com diversos assuntos da pauta que a sociedade vem discutindo. Ainda nesse assunto, a mostra de longa tem uma paridade de gêneros entre os diretores e diretoras. Não foi algo que determinamos no começo do processo de curadoria, acabou acontecendo assim e considero mais um aspecto a se comemorar nesta edição do festival”.
O Júri Oficial de cada categoria das mostras competitivas será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, que serão responsáveis por indicar os vencedores para as seguintes categorias do Troféu Calunga: categoria de longa-metragem (Melhor Filme de longa-metragem, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem); categoria de curta-metragem (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem). Além das categorias selecionadas pelo Júri Oficial, o público irá selecionar os premiados pelo Júri Popular, por meio do aplicativo oficial do festival, e os críticos da Abraccine também escolherão os melhores filmes nas categorias competitivas das Mostra de Curtas Nacionais e Mostra de Longas Metragens, através do Júri da Crítica.
Sobre as dificuldades para a realização do NOVO CINE PE 2020, ano marcado pela pandemia de COVID-19, a diretora e idealizadora do festival, Sandra Bertini, conta que os desafios foram muitos. “Foi um ano desafiador para todos os profissionais que trabalham com eventos presenciais. Tivemos que mergulhar para criar um modelo que atendesse aos realizadores dos filmes, público, patrocinadores e produtores do evento, seguindo todas as normas de segurança. Alteramos o projeto na Lei de Incentivo à Cultura, já que o projeto aprovado antes era no modelo presencial. Mas o mais fácil mesmo foram os realizadores dos filmes. Conversei com todos e 100% deles abraçaram a proposta. Muitas vezes me emocionei com tamanho apoio”, relata Bertini.
Embora o formato seja diferente em 2020, a produção do NOVO CINE PE fez questão de seguir com a cerimônia de apresentação dos curtas e longas direto do Cinema São Luiz, um dos últimos grandes cinemas de rua do país, tradicional palco do Festival Audiovisual, para manter o clima. A cerimônia foi gravada e será exibida sempre antes dos longas. Quem assume a apresentação do festival pelo segundo ano consecutivo é a atriz pernambucana Nínive Caldas. Com 10 anos de carreira, Nínive é integrante do “Coletivo Angu de Teatro” e já participou de filmes nacionais e internacionais.
O NOVO CINE PE 2020 terá ainda espaço para a formação com seminários realizados de forma on-line e temáticas girando em torno da interrogativa “Como encarar o desafio de empreender e fazer novos negócios num mundo afetado pela pandemia?”. Os encontros virtuais deverão acontecer entre os meses de novembro de 2020 e março de 2021, com divulgação de mais informações em breve.
A Mostra Infantil de Cinema, uma das ações sociais do projeto, só será realizada com o retorno às aulas dos alunos das escolas públicas municipais e estaduais de Pernambuco. Além disso, não haverá artista homenageado neste formato de festival. Para Sandra Bertini, a homenagem só faz sentido com o calor do público. “É uma forma do artista chegar perto do fã, trocar energia. Um momento único tanto para o homenageado quanto para o público. Na edição de 2021 retomamos com os Calungas de Ouro”, explica Sandra.
As expectativas da diretora do festival para esta nova edição 2020 são positivas, principalmente por possibilitar uma democratização do acesso ao evento. “Um festival de cinema é como um grande congresso da sétima arte. Não ter a presença do público, esse encontro do filme com as pessoas, essa emoção ao vivo e em cores, nos traz certa melancolia. Por outro lado, com a realização na TV podemos atingir um público bem maior do que estaria na sala de exibição do Cinema São Luiz e também um público que nunca esteve presente em um festival”, destaca Sandra.
Premiações – De acordo com o regulamento do NOVO CINE PE, são 12 categorias de prêmios para a Mostra Competitiva de Longas-Metragens: Melhor filme, direção, roteiro, fotografia, montagem, edição de som, trilha sonora, direção de arte, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, atriz e ator. Os filmes das Mostras Competitivas de Curtas-Metragens Nacionais e Pernambucanos serão julgados em dez categorias: Melhor filme, direção, roteiro, fotografia, montagem, edição de som, trilha sonora, direção de arte, ator e atriz. Os vencedores de cada categoria serão contemplados com o Troféu Calunga de Ouro.
Além da premiação oficial, o Canal Brasil oferece o Prêmio Canal Brasil de Curtas, que tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. Um júri convidado pelo Canal Brasil e composto por jornalistas especializados em cinema escolhe o melhor
curta da Mostra Nacional em competição que recebe o troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil.
A Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema também reunirá um time de críticos para eleger o melhor filme de cada uma das três categorias no prêmio Júri da Crítica.
Sobre o Canal Brasil:
O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 322 longas-metragens coproduzidos só nos últimos 10 anos. No ar há duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.
Sobre os resultados do processo seletivo do Cine PE, a Direção informa que o planejamento anterior à decretação da pandemia e ao consequente isolamento social, estava previsto para abril.
Na situação de hoje, tem-se que a definição das mostras está praticamente concluída. No entanto, pela própria necessidade de uma provável adaptação do estilo do Festival para esta edição, optou-se por aguardar mais um pouco.
Tão logo a definição geral do modelo do Cine PE 2020 esteja plenamente concretizada, a Direção entrará em contato com os realizadores selecionados e dará a devida divulgação pública.
Maior e mais tradicional evento competitivo do cinema nacional em Pernambuco, o Cine PE | Festival Audiovisual está com inscrições abertas para as mostras competitivas da sua edição de número 24, que acontece 25 a 31 de maio de 2020. Para participar, os interessados devem submeter os seus filmes até o dia 31 de janeiro, respeitando as categorias de competição, através do site www.festivalcinepe.com.br, onde estão disponíveis as fichas de inscrições e todo o regulamento da 24ª edição do Cine PE.
Como nos últimos anos, os realizadores poderão inscrever seus filmes nas Mostras de Curta-Metragem Pernambucano, Curta-Metragem Nacional e Longa-Metragem, nas categorias ficção, animação ou documentário. Os filmes das Mostras Competitivas de Curta-Metragens deverão ter até 22 minutos de duração (conteúdo e créditos) e em formato 35mm ou digital HD. Já os filmes Longas-Metragens, deverão ser brasileiros, podendo haver coprodução internacional, com duração acima de 70 minutos e que garantam oficialmente suas exibições na grade em formato 35mm ou digital HD.
As expectativas de Sandra Bertini, diretora e idealizadora do festival, para a edição de 2020 são as melhores possíveis. “Estamos muito empenhados para realizar mais uma edição do festival. É verdade que os tempos são de muitas dificuldades, mas são esses desafios profissionais que nos estimulam para empreender com mais perseverança e, sempre acreditando, que a credibilidade do CINE PE fará com que o evento seja realizado com forte maestria ”
O resultado da curadoria será divulgado até a segunda quinzena de abril. O XXIV CINE PE acontece de 25 a 31 de maio, no Cinema São Luiz, sendo a última noite reservada para a solenidade de premiação das Mostras Competitivas.
A 22ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual chegou ao fim na noite desta terça-feira (5), no Cinema São Luiz, e consagrou o documentário “Henfil” como o Melhor Longa-Metragem escolhido pelo Júri Oficial do evento e pelo Júri Popular. Dirigido por Angela Zoé, a trama resgata a história de Henrique de Souza Filho (1944-1988), cartunista, jornalista e escritor mineiro mais conhecido como Henfil.
O falso documentário “Vidas Cinzas”, de Leonardo Martinelli, ganhou o prêmio de Melhor Curta Nacional, enquanto que na Mostra Competitiva de Curtas Pernambucanos o vencedor foi “Uma Balada para Rocky Lane”, dirigido por Djalma Galindo. O documentário “Marias”, de Yasmin Dias, e as animações “Insone”, de Débora Pinto e Breno Guerreiro, e “Plantae”, de Guilherme Gehr, receberam Menção Honrosa do júri.
O Júri Oficial do Cine PE foi formado pelo produtor executivo e gestor em marketing cultural Emerson Rodrigues; a diretora, roteirista e produtora de cinema Luci Alcântara; o ator, diretor, produtor cultural e professor Sérgio Fidalgo; a produtora e diretora Tete Moraes; o engenheiro, curador, pesquisador e preservador da Cinemateca Cine Royal, Luiz Cardoso Ayres Filho; o diretor do Festival de Cinema de Gramado entre 1978 e 2000, Esdras Rubin; o diretor Francisco Ramalho Junior; e a publicitária Jal Guerreiro.
O longa-metragem carioca “Os Príncipes”, de Luiz Rosemberg Filho, também foi um dos grandes destaques desta edição, levando para casa seis Calungas de Prata, incluindo as de Melhor Fotografia, Edição de Som e Trilha Sonora.
JÚRI POPULAR – Este ano, pela primeira vez, o público pôde eleger seus filmes favoritos nas três mostras competitivas do festival por meio de um aplicativo para smartphone. O melhor curta pernambucano foi “Edney”, de João Roberto Cintra, enquanto a animação “Plantae”, de Guilherme Gehr, foi eleita o melhor curta nacional. O melhor longa-metragem, para o Júri Popular, foi “Henfil”, de Angela Zoé.
PRÊMIO DA CRÍTICA – Composto por Diego Olivaras, do portal Yahoo (SP); Clarissa Kuschnir, Revista Preview (SP); Francisco Carbon, Jornal do Brasil (RJ); e Breno Pessoa do Diário de Pernambuco (PE), a crítica especializada concedeu a Calunga de Melhor Longa para “Christabel”, de Alex Levy-Heller. O prêmio de Melhor Curta Nacional foi para “Abismo”, de Ivan de Angeli, e o de Melhor Curta Pernambucano foi para “Seja Feliz”, de Diego Melo. O documentário “Universo Preto Paralelo”, de Rubens Passaro, recebeu menção honrosa da crítica, por fazer uma ponte entre histórias de violência e repressão desde a época da escravatura, passando pela Ditadura Militar, até os dias atuais.
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS – Com júri formado por Ismaelino Pinto, do jornal O Liberal (PA); Francisco José Carbone, do Jornal do Brasil (RJ); Clarissa Kuschnir, Revista Preview (SP); João Victor Figueira, do site Adoro Cinema (RJ), Diego Olivaras, do portal Yahoo (SP); e Barbara Demerov, do site Cinematecando (SP), o Prêmio Canal Brasil elegeu como melhor curta “Universo Preto Paralelo”, de Rubens Passaro. Com o objetivo de estimular a nova geração de cineastas, o Canal Brasil oferece um troféu e R$ 15 mil para o melhor filme de curta-metragem, que também é exibido em sua grade de programação. Além disso, o curta vencedor se classifica para concorrer ao Grande Prêmio Canal Brasil de Curtas-Metragens, no valor de R$ 50 mil.
PRÊMIO CIA RIO – A CiaRio vai premiar as três produções escolhidas pelo Júri Oficial nas três mostras (o carioca “Vidas Cinzas”, o pernambucano “Uma Balada para Rocky Lane” e o documentário carioca “Henfil”). Os filmes eleitos ganharão locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa NAYMAR.
PRÊMIO PORTOMÍDIA – O Porto Mídia irá conceder 120 horas em laboratórios de pós-produção em imagem e/ou som para Djalma Galindo diretor de “Uma Balada para Rocky Lane”, escolhido pelo Júri Oficial do evento como Melhor Curta pernambucano.
Confira lista completa de premiados:
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS
Melhor Filme – “Uma Balada para Rocky Lane”
Melhor Direção – Diego Melo (“Seja Feliz”)
Melhor Roteiro – Fabio Ock (“Seja Feliz”)
Melhor Fotografia – Henrique Spencer (“Frequências”)
Melhor Montagem – Marcos Buccini (“O Consertador de Coisa Miúdas”)
Melhor Edição de Som – Adalberto Oliveira (“Frequências”)
Melhor Trilha Sonora – Neilton Carvalho (“O Consertador de Coisas Miúdas”)
Melhor Direção de Arte – Lia Letícia (“Frequências”)
Melhor Ator – Heraldo Carvalho (“Edney”)
Melhor Atriz – Roberta Mharciana (“Cara de Rato”)
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS
Melhor Filme – “Vidas Cinzas”
Melhor Direção – Klaus Hastenreiter (“Não Falo com Estranhos”)
Melhor Roteiro – Rubens Passaro (“Universo Preto Paralelo”)
Melhor Fotografia – Ivanildo Machado (“Sob o Delírio de Agosto)
Melhor Montagem – Pedro de Aquino (“Vidas Cinzas”)
Melhor Edição de Som – Rafael Vieira (“Abismo”)
Melhor Trilha Sonora – Alexsandra Stréliski e Ludovico Einaudi (“Plantae”)
Melhor Direção de Arte – Rachel Oleksy (“Teodora Quer Dançar”)
Melhor Ator – Jurandir de Oliveira (“Abismo”)
Melhor Atriz – Mariana Badan (“Teodora quer Dançar”)
MENÇÕES HONROSAS
“Marias” – Pela relevância do tema apresentado através de depoimentos reais, emocionantes e contundentes.
“Plantae” – Pela atualidade e importância do tema abordado lindamente de forma simbólica e poética.
“Insone” – Pela capacidade de síntese na narração em tão pouco tempo, de uma história de aventura do imaginário infantil.
MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS:
Melhor Filme – “Henfil”
Melhor Direção – Angela Zoé (“Henfil”)
Melhor Roteiro – Angela Zoé e Gabriela Javier (“Henfil”)
Melhor Fotografia – Alisson Prodlik (“Os Príncipes”)
Melhor Montagem – João Rodrigues e Indira Rodrigues (“Henfil”)
Melhor edição de som – Marcito Vianna (“Os Príncipes”)
Melhor Trilha Sonora – Gustavo Jobim (“Os Príncipes”)
Melhor Direção de Arte – Letycia Rossi (“Dias Vazios”)
Melhor Ator Coadjuvante – Tonico Pereira (“Os Príncipes”)
Melhor Atriz Coadjuvante – Carla Ribas (“Dias Vazios”)
Melhor Ator – Ex-Aequo: Igor Cotrim (“Os Príncipes”) e Arthur Ávila (“Dias Vazios”)
Melhor Atriz – Patrícia Niedermeier (“Os Príncipes”)
PRÊMIO DA CRÍTICA
Melhor Longa-Metragem – “Christabel”
Melhor Curta Nacional – “Abismo”
Melhor Curta Pernambuco – “Seja Feliz”
PRÊMIO CANAL BRASIL
Melhor Curta: “Universo Preto Paralelo” (SP)