A 23ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual acaba de anunciar sua primeira homenageada, a atriz carioca Drica Moraes. A homenagem, com a entrega do troféu Calunga de Ouro, acontece no sábado, 3 de agosto, no Cinema São Luiz. Neste ano, o Cine PE acontece de 29 de julho a 4 de agosto.
Filha de um arquiteto e uma dona de restaurante, única atriz numa família de sete irmãos, Adriana Moraes Rego Reis apareceu pela primeira vez na televisão em 1986, no episódio “O Sequestro de Lauro Costa”, da série “Teletema”. Na época, a personagem teve uma aparição discreta, porém boa o suficiente para que a atriz desse o pontapé inicial em uma trajetória que já marca mais de três décadas e mais de 40 aparições em programas de TV.
Apesar do “boom” que impulsionou sua carreira nas telinhas, Drica iniciou sua história como atriz ainda muito jovem, nas aulas de teatro do Colégio Andrews e nos cursos do Tablado, com Maria Clara Machado, ambos no Rio de Janeiro. Nos palcos, despontou com “Os Doze Trabalhos de Hércules”, em 1983.
Nos anos 90, ganhou os prêmios Mambembe e Coca-Cola de Melhor Atriz pelos espetáculos “Pianíssimo”, de Karen Accioly e Tim Rescala, e “O segredo do Coachim”. Foi dirigida por grandes nomes do teatro brasileiro, como Aderbal Freire Filho, no monólogo “A Ordem do Mundo”. Versátil, nos últimos anos a carioca esteve em peças como “À Primeira Vista”, sob a direção de Enrique Diaz, e na montagem “Lifting, uma comédia cirúrgica”, com direção de Cesar Augusto.
Nos cinemas, deu vida a papéis como a cafetina Larissa no filme “Bruna Surfistinha”, de 2011, e a Alzira Vargas, filha do Presidente Getúlio Vargas e chefe do Gabinete Civil da Presidência da República durante o governo do seu pai, no longa “Getúlio”, de 2014.
Na TV, marcou a memória do telespectador ao encarnar vilãs como Violante Cabral, na novela “Xica da Silva”, da TV Manchete, que lhe trouxe os prêmios Sharp e APCA de Melhor Atriz em 1997, e a terrível Marcela de Almeida Leal em “O Cravo e a Rosa”; além da inesquecível Cora, da telenovela global “Império”, que lhe rendeu o prêmio Melhores do Ano do Domingão do Faustão, o Prêmio de Atriz do Ano do F5 na categoria Novela, e o Prêmio Quem de Melhor Atriz Coadjuvante.
Atualmente, Drica rouba a cena como a truculenta infectologista Vera, do seriado “Sob Pressão”, da Rede Globo. Chefe do CTI do Hospital São Tomé Apóstolo, a personagem é uma das mais importantes no quadro da terceira temporada da série.
De acordo com Sandra Bertini, diretora do Cine PE, Drica foi escolhida como homenageada por sua importante história dentro do audiovisual. “Drica é uma atriz visceral. Ela vai da comédia ao suspense com maestria, e o festival entende que essa força criativa que ela carrega ao longo desses 36 anos de carreira deve ser exaltada”, comentou Sandra.