O ator Júlio Andrade foi o homenageado da sexta-feira (13) no Cine PE 2025 e participou de uma coletiva de imprensa nada convencional: o encontro com jornalistas aconteceu a bordo de uma embarcação do Catamaran Tours, durante um passeio pelas pontes do Recife. Em clima descontraído e ao mesmo tempo emocionante, Júlio relembrou momentos marcantes de sua carreira e compartilhou desejos e memórias que marcaram sua trajetória profissional.
Seguindo a tradição do passeio, ao passar por baixo das icônicas pontes do Recife, os embarcados fazem pedidos ao universo. Foi nesse momento que Júlio revelou um de seus maiores sonhos profissionais: trabalhar com o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, recém-premiado em Cannes por O Agente Secreto. “Eu acho que todo ator quer filmar com Kleber”, declarou, arrancando aplausos e sorrisos dos presentes.
Em um dos momentos mais emocionantes da coletiva, o ator homenageou o saudoso diretor Breno Silveira, com quem trabalhou no filme Gonzaga – De Pai para Filho (2012). Ao recordar a parceria com o cineasta, falecido em 2022, Júlio não conteve a emoção e, como homenagem, cantou um trecho de “Feliz”, canção de Gonzaguinha, embalando a coletiva pelas águas do Capibaribe.
Na ocasião, também aconteceram as coletivas com os realizadores dos filmes exibidos na noite de sexta-feira, dia 13. Entre eles, o diretor Bruno Costa apresentou o longa Nem Toda História de Amor Acaba em Morte, enquanto os curtas Tu Oro, de Rodrigo Aquiles, e Depois do Fim, de Pedro Maciel, também foram discutidos com a imprensa. Os realizadores comentaram sobre os processos criativos, desafios de produção e as expectativas com a exibição de seus trabalhos na mostra competitiva do festival.
Durante a coletiva de imprensa do longa-metragem, a protagonista Gabi Grigolom defendeu a importância da escalação de atrizes surdas para papéis que retratam essa vivência. “É fundamental abrir espaço para atrizes surdas, especialmente quando interpretam personagens que compartilham dessa vivência. Essa escolha traz mais autenticidade à história e inclusão para o cinema”, defendeu a atriz.