O jornalista Orlando Margarido, vice-presidente da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos Cinematográficos), abriu a terceira noite do Cine PE 2016, na noite da última quarta-feira (4), com uma homenagem ao crítico paulista Christian Pettermann, que faleceu na noite anterior, na capital paulista. Orlando Margarido, vice-presidente da Associação, leu um texto sobre a carreira de Christian:

“Ante a triste e dolorosa incumbência de prestar uma homenagem a um grande crítico, sócio-fundador da Abraccine, a um amigo que nos deixou tão cedo, concluímos que uma mensagem formal e careta não caberia a figura do querido Christian. Este teuto-paulista, a quem todos recorriam quando o assunto era uma questão alemã andava, com razão, orgulhoso de completar 30 anos de crítica cinematográfica. E que no próximo 16 de maio faria 50 anos de idade, interessado em saber se continua a ser sucesso de público e crítica. Basta uma checada nas redes sociais, nos espaços virtuais da internet em que também atuava, para se dar conta do quanto era respeitado, querido, amado”.

A equipe do Cine PE se solidariza com a família do querido e talentoso Christian Pettermann.

O jornalista Orlando Margarido, vice-presidente da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos Cinematográficos), abriu a terceira noite do Cine PE 2016, na noite da última quarta-feira (4), com uma homenagem ao crítico paulista Christian Pettermann, que faleceu na noite anterior, na capital paulista. Orlando Margarido, vice-presidente da Associação, leu um texto sobre a carreira de Christian:

“Ante a triste e dolorosa incumbência de prestar uma homenagem a um grande crítico, sócio-fundador da Abraccine, a um amigo que nos deixou tão cedo, concluímos que uma mensagem formal e careta não caberia a figura do querido Christian. Este teuto-paulista, a quem todos recorriam quando o assunto era uma questão alemã andava, com razão, orgulhoso de completar 30 anos de crítica cinematográfica. E que no próximo 16 de maio faria 50 anos de idade, interessado em saber se continua a ser sucesso de público e crítica. Basta uma checada nas redes sociais, nos espaços virtuais da internet em que também atuava, para se dar conta do quanto era respeitado, querido, amado”.

A equipe do Cine PE se solidariza com a família do querido e talentoso Christian Pettermann.

A manhã deste domingo (8) foi de sabatina para os diretores Luiz Rodrigues Jr., Paloma Rocha e Eduardo Souza, dos curtas “Diva” (PE), “Gramatyka” (PE) e “Bola para seu Danau” (RJ), respectivamente. Os cineastas responderam as perguntas dos jornalistas em coletiva de imprensa no Hotel 7 Colinas, em Olinda,.

Luiz Rodrigues Jr contou que o curta “Diva”, que marca sua estreia como cineasta, surdiu a partir de um exercício do curso de cinema da Academia Internacional de Cinema, em São Paulo. “A ideia ficou na cabeça e eu quis desenvolver um pouco mais do que uma simples atividade acadêmica. Até chegar ao resultado final o curta passou por seis versões de roteiro”, explicou o diretor.

Sobre “Gramatyka”, concorrente da mostra nacional de curtas-metragens, o filme foi gravado em novembro de 2014, em um único dia de gravação. O filme, que narra  a trajetória mítica de uma mulher presa às sombras de uma caverna,  e que se liberta à  luz do sol, nasceu de um desejo da cineasta Paloma Rocha de explorar experiências sensoriais dentro do cinema. “Esse é meu primeiro longa de ficção solo. O filme é basicamente sobre sombra e luz”, contou Paloma.

Último representante da mostra de curtas, “Bola para seu Danau”, de Eduardo Souza, surgiu da necessidade de provar que o futebol nasceu no Brasil. “A ideia era mostrar a Zona Oeste do Rio de Janeiro, que é a região mais populosa do Rio, especialmente Bangu. O morador de Bangu acha que tudo nasceu lá, inclusive o futebol”, disse Souza

O encerramento da vigésima edição Cine PE, neste domingo (8), será marcado pela estreia nacional do longa “Vidas Partidas”, filme de Marcos Schechtman protagonizado pelos atores Domingos Montagner e Naura Schneider, que terá sua primeira exibição, em sessão hors-concours na programação do festival. O longa-metragem de ficção se passa no Recife dos anos 80 e é livremente inspirado nas alarmantes estatísticas de crimes praticados contra a mulher no Brasil e no mundo. O lançamento nacional está previsto para o dia 4 de agosto. O curta de animação “Pedrinho e a chuteira da sorte”, de Marcos França, também integra a programação do encerramento.

Além das exibições, o grande momento da noite será a entrega dos calungas para os vencedores das mostras competitivas. São 12 categorias de prêmios para a Mostra Competitiva de Longas-Metragens: filme, direção, roteiro, fotografia, montagem, edição de som, trilha sonora, direção de arte, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, atriz e ator. Os filmes da Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais serão julgados em dez categorias: filme, direção, roteiro, fotografia, montagem, edição de som, trilha sonora, direção de arte, ator e atriz. Os títulos da Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos disputam a Calunga de filme e direção.

Confere a programação completa da noite:

DIA – 08 DE MAIO / DOMINGO

SOLENIDADE DE ENCERRAMENTO
Hora: 19h30 Local: Cine São Luiz
Acesso: Ingresso – Preço único meia-entrada: R$ 5,00

EXIBIÇÃO DE FILME HORS CONCURS
Pedrinho e a Chuteira da Sorte (PE), Animação, Direção: Marcos França 35’:

EXIBIÇÃO DE FILME HORS CONCURS
Vidas Partidas (RJ), Ficção, Direção: Marcos Schechtman 120’:

PREMIAÇÃO

Neste sábado (7), o Cine PE apresentou seus últimos competidores da 20ª edição da mostra, que acontece no Cinema São Luiz. O diretor Rodrigo Grota estreou “Leste Oeste”, seu primeiro longa-metragem.  Ambientado em Londrina nos dias atuais, o filme mostra a história de Pedro, um piloto de testes de 16 anos que sonha em ser piloto profissional. Pedro passa por transformações após a chegada de Ezequiel, um ex-piloto de automobilismo. Stela, mãe de Pedro, teme que o filho se acidente nas pistas, já que seu marido, João, morreu em um acidente durante uma corrida. Quem banca o sonho de Pedro é Angelo, seu avô, dono de uma categoria de Kart, mas que passa por uma crise financeira. O filme mostra o reencontro desses personagens em meio ao contexto do automobilismo.

“A inspiração para essa história veio do cinema americano dos anos 70, mais narrativo, de nomes como Monte Hellman”, contou Rodrigo, que já havia participado de outras edições do festival com curtas. “Fique impressionado com a plateia, que é muito grande”, comentou. “A mostra dialoga com um público muito variado, que vem ver filmes que não teria acesso no circuito comercial”.

Já “Gramatyka”, de Paloma Rocha, narra  a trajetória mítica de uma mulher presa às sombras de uma caverna,  e que se liberta à  luz do sol. Sem diálogos, a história se desenvolve na dança e nas expressões corporais das atrizes Helena Ignez, Maura Baiocchi, e Alda Maria Abreu. A trilha sonora conta com a participação do percussionista Naná Vasconcelos. “Dedico essa sessão a Naná, que foi a inspiração do roteiro. Soube que o filme foi selecionado para o festival no dia em que ele faleceu”, disse Paloma.

Em “Os Filmes Que Moram Em Mim”, Caio Sales trouxe o que ele chamou de “sonho e delírio”, com várias cenas de pedaços de histórias que estão em sua imaginação. “Diva”, de Luiz Rodrigues Jr., relata o drama de uma atriz que não consegue se livrar de sua personagem anterior. E “Bola Para Seu Danau”, de Eduardo Souza, mistura documentário e ficção para falar de Thomas Donohoe, um escocês nascido em 1863 que desembarcou no Brasil aos 31 anos para trabalhar na fábrica de tecidos que estava então sendo construída em Bangu, e que teria trazido o futebol para o Brasil, seis meses antes de Charles Miller.